quarta-feira, 29 de junho de 2011

EXERCÍCIO E OBESIDADE

               

                A obesidade é uma doença que tem como característica o excesso de gordura corporal, o qual traz inúmeros prejuízos à saúde do indivíduo. Essa doença tem sido caracterizada pela alta ingestão energética, mas também pode ser uma conseqüência do baixo gasto energético. Em muitos casos, não é só um fator que pode levar à obesidade e sim vários associados.
Ela pode ser causada, por exemplo, pelo baixo gasto energético associado à alta ingestão calórica. A sociedade está tendo péssimos hábitos alimentares, pois as pessoas preferem uma alimentação rápida e prática, o que, na maioria das vezes, não é saudável. Associado a isso surgem às praticidades do mundo moderno no qual a comodidade é cada vez maior, porém o gasto energético é ainda menor. Um exemplo disso é o controle remoto da televisão: assistir televisão já é um ato que envolve pouco gasto calórico e, quando o mesmo é associado a não necessidade de levantar para trocar o canal, o gasto se torna ainda menor. Como conseqüência desses comportamentos tão comuns no dia – a – dia, o Brasil tem se tornado um país com um grande número de obesos.


Para o diagnóstico da doença o profissional deve calcular o IMC (índice de massa corporal). O calculo é simples: basta dividir o peso (kg) pela altura (m) elevada ao quadrado. Porém o IMC não deve ser a única forma de diagnosticar a doença. Outras características devem ser observadas.  



O tratamento da obesidade envolve necessariamente a reeducação alimentar, a prática regular de atividade física e em alguns casos é necessário o uso de alguns medicamentos para auxiliar o processo.
Para haver perda da gordura corporal é necessário que o gasto energético seja maior do que a ingestão calórica, ou seja, é necessário ingerir menos e gastar mais. O gasto energético diário é composto por três componentes: a taxa metabólica de repouso (TMR), efeito térmico da atividade física e efeito térmico da comida (ETC). A primeira representa o gasto energético para manter os sistemas do organismo funcionando, sendo a mesma a principal componente do gasto energético diário. Então, se a TMR é alta, o gasto energético diário também poderá ser alto.
Restringir apenas as calorias da alimentação, através da reeducação alimentar, faz com que haja uma diminuição da TMR, já que ocorrerá uma diminuição da massa magra. Há também uma redução da ETC. E como conseqüência da redução dessas taxas, há o emagrecimento. A redução da TMR e a perda de massa magra causam uma dificuldade de manter o peso após o emagrecimento, afinal, a quantidade de calorias perdidas está diretamente relacionada a elas. O que significa dizer que se a pessoa tem uma maior massa magra e como consequência uma maior TMR ela gastará mais calorias. Então, mesmo que ocorra uma ingestão energética pequena, ela estará tendo um gasto energético cada vez menor, o que irá dificultar ainda mais a manutenção do peso, já que para isso a pessoa terá de comer cada vez menos. Por isso a chance de retornar ao peso inicial após o emagrecimento é muito grande.
Quando há a prática de atividade física associada à reeducação alimentar há uma menor chance de retorno ao peso inicial porque há um aumento ou uma manutenção na taxa metabólica de repouso. Esse aumento ou manutenção da TMR é essencial para manter o peso após o emagrecimento, pois para isso basta que a ingestão calórica seja igual ao gasto energético. Então a pessoa, desde que continue praticando atividade física para assim manter a TMR alta, poderá continuar tendo a mesma ingestão calórica (e ela continuará emagrecendo) ou até aumentar essa ingestão, já que ela terá um grande gasto energético (com a condição de que essa ingestão seja no máximo igual ao gasto energético, nunca maior que o mesmo). Além do mais, a atividade física ajuda no emagrecimento devido a um aumento de oxidação dos substratos para a produção de ATP e um incentivo à liberação de catecolaminas inibidoras do apetite.
Esse efeito na TMR depende da intensidade e duração do exercício. Em circunstâncias normais, a atividade física é responsável por entre 15 e 30% do gasto energético diário.

Bibliografia:

Postado por Laíssa Batista A. do Vale

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