sábado, 9 de julho de 2011

Exercícios na gravidez


            A prática de exercícios físicos durante a gravidez é muito importante para facilitar o trabalho de parto, além de conservar o corpo da mulher, evitar dores, melhorar a circulação, reduzir a duração do parto normal e auxiliar na recuperação do peso da mãe após o parto. Mas o exercício realizado pela mãe também oferece benefícios para seu bebê, como a redução do risco de sobrepeso ao nascer. Inclusive, um dos principais fatores que influenciam no sobrepeso do bebê é a alta glicemia da mãe durante a gravidez, pois o alto nível glicêmico alimenta em excesso o bebê, deixando-o com sobrepeso.
Isso acontece porque a placenta produz hormônios importantes para o desenvolvimento fetal, que deixam o organismo da mulher resistente à insulina. Apesar de o pâncreas conseguir produzir mais insulina, em algumas mulheres a glicemia continua alta, mesmo que ela não apresente diabetes gestacional.
            Estudos mostram que a prática regular de atividade física, realizada pelo menos três vezes na semana durante todo o período gestacional, diminui entre 23% e 28% o risco de sobrepeso neonatal.
            Acredita-se que exercícios resistidos de intensidade leve a moderada podem melhorar a resistência e flexibilidade muscular, sem aumentar o risco de lesões ou complicações na gestação e, então, a mulher suporta melhor seu aumento de peso. Já a atividade física aeróbia auxilia no controle do peso e na redução de riscos de diabetes gestacional (que afeta 5% das gestantes) – uma vez que a utilização de grande parte da massa muscular aumenta a utilização de glicose, aumentando, então, a sensibilidade à insulina.
            Outro fator importante proporcionado às grávidas pela prática de atividade física é a proteção da saúde mental e emocional da mulher nos períodos gestacional e pós-gestacional.
            Serão listados a seguir alguns exercícios recomendados:






VASOCAPILAR
Excelente para a circulação. A mulher fica deitada, com pernas e braços para cima, e sacode as mãos, os braços, os pés e as pernas. Com o exercício, a placenta (fonte de alimentação e oxigenação do feto) dificilmente envelhece. É um bom exercício para hipertensas, para evitar inchaço, varizes e hemorróidas.



                                                         CONTRAÇÃO DA PÉLVIS
Essa atividade ajuda a posicionar o bebê corretamente. Com mãos e joelhos no chão, a gestante deve fazer o mesmo tipo de esforço que o exercício de cócoras.



CÓCORAS
Com ele, a mulher aprende a controlar o músculo da pélvis e obter o seu relaxamento na hora certa do parto. Nesta posição, a grávida deve contrair e relaxar a pélvis, como se estivesse segurando a urina. A atividade também permite que o feto deslize melhor no momento do nascimento.

                                                                                          PONTE
Bom para evitar dor nas costas e no nervo ciático (no quadril), que costuma incomodar as gestantes. Evita parto prematuro.

SAPINHO
Bom para fortalecer os músculos abdominais e os da pélvis. Ajuda no controle das forças na hora do parto.


                                         ALONGAMENTO
Para dor nas costas. Sentada, a mulher coloca as pernas abertas para a lateral e alonga para os lados e para frente.
           

Entretanto, exercícios que possuem alta intensidade podem apresentar riscos para o feto, causando um estado de hipóxia (baixo teor de oxigênio) para o feto caso haja risco de trauma abdominal ou hipertermia da gestante.
Há algumas evidências de que a participação em exercícios de intensidade moderada ao longo da gravidez possa aumentar o peso do bebê ao nascer, enquanto que exercícios mais intensos e com grande frequência, mantidos por longos períodos da gravidez, possam resultar em crianças com baixo peso.”

Restrições:
            O exercício físico regular é contra-indicado para mulheres com:
 Doença miocárdica descompensada
·         Insuficiência cardíaca congestiva
·         Tromboflebite
·         Embolia pulmonar recente
·         Doença infecciosa aguda
·         Risco de parto prematuro
·         Sangramento uterino
·         Isoimunização grave
·         Doença hipertensiva descompensada
·         Suspeita de estresse fetal
·         Paciente sem acompanhamento pré-natal
E não é recomendada para mulheres que apresentam:
·         Hipertensão essencial
·         Anemia
·         Doenças tireoidianas
·         Diabetes mellitus descompensado
·         Obesidade mórbida
·         Histórico de sedentarismo extremo

“Esportes competitivos, como basquete, vôlei, futebol etc. Aeróbica de alto impacto. Durante a gravidez, devido às ações hormonais e à retenção de líquidos, as articulações ficam mais frágeis e, por isso, as grávidas devem evitar exercícios de contato.”

Retirado de:


Postado por Patricia Kaipper

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Frutose e a Dislipidemia

Artigo : Consuming fructose-sweetened, not glucose-sweetened, beverages increases visceral adiposity and lipids and decreases insulin sensitivity in overweight/obese humans.

     A frutose é um importante carboidrato encontrado no organismo humano e na maioria das plantas. Seu nome é originário da palavra latina fructus, já que as frutas são importantes fontes de frutose. Atualmente, todavia, a frutose é uma forma de açúcar encontrada em muitos alimentos industriais  consumidos diariamente  e, ao contrário da glicose, não estimula a secreção de insulina e leptina, e sim de hormônios ligados à estimulação do apetite, o que sugere que esta substância, em excesso, favoreça o ganho de peso e a obesidade (além disso, o aumento no consumo de frutose pode induzir disfunções metabólicas,
cardiovasculares e autonômicas comuns na síndrome metabólica.).
     Outro aspecto importante quanto a esse açúcar é o fato de seu consumo demasiado ou predominante causar dislipidemia (aumento de triglicerídeos na corrente sanguínea). Isso pode ser explicado pela capacidade da frutose de produzir lipídios por meio dos compostos intermediários como o glicerol e o gliceraldeído : estudos em animais e em seres humanos demostraram aumento nos triglicerídios após a ingestão de dietas contendo frutose quando comparadas às dietas com carboidratos mais complexos e outros açúcares. Há aumento da síntese de gordura em detrimento da gliconeogênese, e esse aumento ocorre pela maior síntese hepática de glicerol e de ácidos graxos, 1,4 a 18,9 vezes, quando comparamos com a glicose. Ademais, o aumento da atividade das enzimas lipogênicas no fígado resulta em maior síntese de lipídios, e, como conseqüência, níveis mais elevados de lipídios totais na circulação e de lipoproteínas de muito baixa densidade (VLDL).
     Em seres humanos, alguns grupos são mais suscetíveis a apresentar hipertrigliceridemia após a ingestão de frutose, como mulheres pós-menopausa, homens hiperinsulinêmicos e diabéticos tipo 2. Outro fator importante é a ação conjunta de gordura e frutose, que leva a um efeito sinérgico, resultando em um clareamento mais lento de triglicerídios.


Bibliografia : http://www.jci.org/articles/view/37385/pdf

Postado por Giuliana M. Moura

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A influência da atividade física para diabéticos

O pâncreas é o órgão responsável pela produção da insulina. Quando nos alimentamos, o pâncreas produz automaticamente a quantidade certa de insulina necessária para mover a glicose do sangue para as células do corpo, evitando assim a hiperglicemia. Nos diabéticos o pâncreas produz pouca insulina ou então as células não respondem da forma esperada a esse hormônio. As conseqüências disso são: o excesso de glicose no sangue ou o desperdício da glicose, que vai direto para a urina. Assim o organismo perde a sua principal fonte de energia, a glicose. E devido a isso o organismo começa a utilizar lipídeos como fonte energética, já que o corpo interpreta como se não tivesse glicose para ser oxidada. Isso pode gerar um excesso de Acetil-CoA porque a falta de glicose ocasiona uma pequena formação de piruvato e como conseqüência há uma diminuição da sua conversão a oxalacetato, o que irá fazer com que o Acetil-coA não seja utilizado pelo ciclo de Krebs. O acúmulo de Acetil-coA leva a formação de corpos cetônicos. Quando a produção de corpos cetônicos ultrapassa o aproveitamento pelos tecidos extra-hepáticos é estabelecida uma situação de cetose, caracterizada por uma quantidade elevada de corpos cetônicos no plasma e na urina.          
Existem três tipos de diabetes:
Diabetes tipo 1: Neste caso, o sistema imunológico ataca as células do pâncreas responsáveis pela produção de insulina, matando-as. Então, este órgão passa a produzir pouca ou nenhuma insulina.
Diabetes tipo 2: Significa que a produção de insulina pelo pâncreas não é suficiente e/ou o organismo é  incapaz de usar a insulina adequadamente (resistência à insulina). Esse tipo de diabetes é geralmente associado a maus hábitos alimentares, obesidade e sedentarismo. 
          Diabetes gestacional: É a alteração da glicemia durante a gravidez devido ao aumento da resistência à insulina. Esse aumento ocorre naturalmente na grávida devido aos hormônios produzidos pela placenta e esses hormônios estão relacionados ao aumento da quantidade de glicose já que esta é requerida pelo feto em grande quantidade.

Benefícios da prática da atividade física:
1-      A glicose sanguínea seja normalizada
2-      Diminui a resistência a insulina 
3-      Melhora a sensibilidade do organismo a esse hormônio.
4-      Através do aumento do gasto de energia, ocasionado pela prática da atividade física, ocorre a redução de peso, o aumento da perda de gordura e como conseqüência um aumento da massa magra. Mais ou menos 60% das pessoas com diabetes do tipo 2 estão acima do peso ideal.   

O exercício físico para diabéticos deve ser orientado por um profissional, já que durante ou após o exercício pode ocorrer um quadro de hipoglicemia. Ou ainda exercícios de curta duração, porém de grande intensidade, podem gerar a hiperglicemia.

Referências bibliográficas:     
MARZZOCO, A; BAYARDO, B. T. BIOQUÍMICA BÁSICA.  2ª ed. Rio de Janeiro. Editora Guanabara Koogan.

Postado por: Laíssa Batista Assunção do Vale

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Bons sonhos!

Muito já se ouviu falar que exercícios físicos auxiliam em uma boa noite de sono. O principal motivo de acreditar-se nisso é o fato de que a prática de atividades físicas faça com que haja liberação de endorfina, hormônio hipofisário que melhora a memória, o bom humor, o sistema imunológico, aumenta a resistência e a disposição física e mental, bloqueia lesões dos vasos sanguíneos, possui efeito “antienvelhecimento” por remover os superóxidos e alivia dores.
A endorfina é liberada pela glândula pituitária juntamente com outros hormônios, como GH (hormônio do crescimento) e o ACTH (hormônio adrenocorticotrófico que estimula a produção de adrenalina, a qual regula a pressão sanguínea e estimula quebra de glicogênio, e cortisol, que regula o metabolismo da glicose).
“As concentrações de endorfina encontradas após um exercício aeróbio (com cargas crescentes de intensidade) e outro anaeróbio (durando 1 minuto no máximo) foram muito semelhantes. No exercício aeróbio alto nível de endorfina foi encontrado após alcançar o início do exercício anaeróbio (cerca de 75% do VO2 máx). Observou-se também o aumento semelhante entre o ACTH e a endorfina, alcançando seu pico no final da corrida e retornando aos níveis de repouso após 24 horas.”
Vale ressaltar que apenas exercícios regulares e com intensidade moderada trazem os benefícios esperados, uma vez que é a intensidade e duração do exercício físico que determina a concentração de endorfina no sangue, já que ela é liberada gradualmente ao longo da atividade. Além disso, atividades com alto nível de stress emocional causam descarga de adrenalina que persiste durante muito tempo após a realização da atividade, o que prolonga o período de alerta, prejudicando a qualidade do sono.
Sendo assim, a prática regular e corretamente orientada de exercícios físicos auxilia na qualidade e no tempo de sono, trazendo consequência positivas no desempenho físico, disposição e nas horas de relaxamento!
A revista Saúde fez uma reportagem sobre a prática de atividades físicas e o sono! Confira!






Bibliografia:

Postado por Patricia Kaipper

Exercícios aeróbios e anaeróbios

AERÓBIOS

     Em geral, os exercícios aeróbicos estão relacionados ao modo como se dá o transporte e a utilização de oxigênio no nosso organismo. Esses tipos de exercícios são caracterizados por serem de longa duração, contínuos e com intensidade baixa ou moderada.
    O mecanismo aeróbio mais importante é a glicólise aeróbia, um processo muito complexo em que a progressiva degradação da glicose é realizada com a presença de oxigênio proveniente da circulação sanguínea. Este processo fornece dez vezes mais energia do que os mecanismos anaeróbios e tem a vantagem de não gerar substâncias residuais tóxicas, como o ácido lático, formando apenas moléculas de ácido carbônico, rapidamente eliminadas sob a forma de dióxido de carbono com o ar expirado, e água.
     Como se dá esse processo?
    No início, cada molécula de glicose degradada é composta por 6 átomos de oxigênio, 36 moléculas de ácido fosfórico e 36 de ADP. No final do processo, é possível obter 6 moléculas de dióxido de carbono, 42 de água e 36 de ATP. Após a adaptação do aparelho cardiorrespiratório ao exercício físico, o principal mecanismo de obtenção de energia consiste na gliconeogênese , a qual acontece a partir do momento em que as reservas de glicogênio do tecido muscular e hepático começam a se esgotar. A partir deste momento, as fibras musculares começam a construir moléculas de ATP através da degradação das moléculas provenientes do tecido adiposo (lipólise). O triacilglicerol é degradado pela LPL, originando 3 ácidos graxos e 1 glicerol. Os ácidos graxos serão degradados a partir da b-oxidação(ocorre na mitocôndria) , tendo como produto final acetil-CoA a partir da enzima TIOLASE, o qual entrará no Ciclo de Krebs pra geração de ATP. O glicerol vai ser destinado à via glicolítica que, após oxidado, vira diidroxiacetonafosfato e libera elétrons para a cadeia de transporte de elétrons, a qual tbm gera ATP.
     Com a utilização de grande quantidade de O2 nas atividades aeróbicas, o metabolismo muda em diversos aspectos: o número e tamanho das mitocôndrias, onde ocorre a síntese de ATP (adenosina trifosfato, a qual conserva a energia potencial do alimento e transfere sua energia química para acionar o trabalho biológico), aumentam (segundo pesquisadores, pessoas que praticam exercícios regularmente têm sua quantidade de mitocôndrias aumentada em até 120%); as funções cardiorrespiratória (aumenta a capacidade cardíaca e pulmonar para suprir de energia o músculo a partir do consumo do oxigênio ) e vascular (com a contração muscular durante uma caminhada, por exemplo, o retorno venoso é potencializado) melhoram e ocorre o metabolismo de gordura durante o exercício (a atividade da lipase lipoproteica LPL- responsável por retirar os triglicerídeos do sangue e hidrolisá-los em ácidos graxos e gliceróis- também é intensificada pelo condicionamento, permitindo maior captação da VLDL circulante para oxidação no músculo durante o trabalho), embora não seja uma quantidade tão significativa em vista da quantidade de gordura corporal.

ANAERÓBIOS

     Nesse tipo de exercício, as fibras musculares, durante a fase inicial da atividade física, obtêm o ATP de que necessitam a partir de dois mecanismos anaeróbios, em que não é necessária a presença de oxigênio: o da fosfocreatina (como já mencionado no post anterior “Introdução à musculação”, seu mecanismo é ativado no momento em que a contração da fibra muscular se inicia e consiste na quebra desta substância numa molécula de creatina e em outra de ácido fosfórico, ocasionando na futura junção desta molécula com outra de ADP, de modo a formar uma nova molécula de ATP – reação catalisada pela enzima creatina cinase CK; fonte com duração de apenas alguns segundos, no máx. 10s;anaeróbio ALÁTICO;) e o da glicogenólise anaeróbia (mais complexo do que o da fosfocreatina, consiste na degradação das moléculas de glicogênio, de modo a proporcionar a obtenção de duas moléculas de ATP e, como resíduos, duas moléculas de água e outras duas de ácido lático; anaeróbio LÁTICO).OBSERVAÇÃO: É importante citar que  o corpo armazena somente 80 a 100g de ATP em qualquer momento, o que é suficiente para acionar vários segundos de exercício máximo explosivo.
     É um exercício intenso, de curta duração e intervalado,devido à impossibilidade de sustentá-lo por longo período, pois as fontes se esgotam rapidamente.
   Embora a glicogenólise anaeróbia possibilite a obtenção da energia necessária para realizar esforços repentinos e intensos, ela só é efetiva nos primeiros 40 segundos da atividade física, já que, após esse período, o aparelho cardiorrespiratório começa a adaptar-se ao exercício físico e a transportar uma quantidade maior de oxigênio para os músculos. Além disso, a velocidade da eliminação do ácido lático é menor do que a velocidade de produção, acumulando-se e, consequentemente, se tornando tóxico para o organismo (causador da fadiga muscular).
     Essa fadiga muscular é caracterizada pela interferência neuromuscular e muscular, fazendo com que a pessoa não tenha força suficiente para a contração muscular.
      Interferência Neuromuscular
     O lactato acumulado invade a fenda sináptica. Esse tipo de fadiga parece ser mais comum nas unidades motoras de contração rápida. A incapacidade da junção neuromuscular em retransmitir os impulsos nervosos para as fibras musculares é devida, provavelmente, a uma menor liberação do transmissor químico ACETILCOLINA por parte das terminações nervosas, devido à acidificação do líquido intersticial e alteração das estruturas protéicas (receptores de acetilcolina) pela ação dos H+.
     Interferência Muscular
    A acidose altera a permeabilidade do retículo, diminuindo a condutância de Ca2+. Há uma menor liberação de Ca2+ pelo retículo sarcoplasmático e redução na capacidade de ligação Ca2+ -troponina, em virtude do aumento na concentração de H+ causada pelo acúmulo de ácido lático.OBS.: O acúmulo de corpos cetônicos e de amônia leva à inibição da contração muscular, de maneira semelhante à que ocorre com o ácido láctico, explicando assim a fadiga muscular aeróbia.
    O treinamento de resistência aumenta a massa magra, somando-se à taxa metabólica em repouso (TMR) e à capacidade de utilizar mais da ingestão de energia, aumenta a densidade óssea, além dos benefícios fisiológicos, como maior inibição do centro de saciedade ventro-medial-hipotalâmica e da sensação de bem-estar.
    Com relação à proporcionalidade da TMR e a quantidade de massa magra, alguns pesquisadores afirmam que o aumento de oxidação de gorduras em indivíduos treinados é facilitada pela morfologia e adaptações enzimáticas do músculo esquelético que ocorre após o treinamento. O exercício contra resistido reflete uma grande contribuição das gorduras para o fornecimento de energia durante o período de repouso, assim como outros tipos de exercícios de alta intensidade, as gorduras fazem a ressíntese do glicogênio.




Bibliografia: http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=436

Postador por Giuliana M. Moura

Watch N' Ask

(De Radicais Livres - Larissa Braz, Jéssica Vasconcellos, Guilherme M., Pedro Carneiro, Ian Campelo.)
Como é a atuação das células satélites durante a reconstrução das fibras musculares quando em exercício?

     Uma das adaptações ao treinamento de força é a hipertrofia muscular. A tensão empregada no músculo durante este tipo de atividade ocasiona, principalmente no início do treinamento, micro lesões,as quais que podem ser percebidas pelo atleta através da famosa dor do dia seguinte.
     Estas micro lesões acontecem nas estruturas musculares e desencadeiam uma resposta similar à uma inflamação aguda. Diversas células migram para a área lesada, promovendo liberação de uma série de fatores responsáveis por ativar a célula-satélite. Após sua ativação e a proliferação, ocorre o processo de migração para a região lesada, auxiliando a regeneração do músculo.
     A célula satélite se encontra na adjacência da fibra muscular, mais especificamente entre o músculo e o tecido fibroso que reveste esse músculo.
Durante o processo de regeneração, as células satélites contribuem como doadoras de núcleos adicionais para a fibra muscular danificada, objetivando aumentar a síntese protéica, uma espécie de reconstrução da área lesada, proporcionando ao tecido muscular uma incrível capacidade de adaptação em condições de crescimento (hipertrofia) e regeneração (lesão).


Bibliografia: http://www.netcult.com.br/netcult.qps/Ref/PAIA-6YEPEG


Postado por Giuliana M. Moura e Laíssa Batista

domingo, 3 de julho de 2011

Benefícios do excercício para quem possui colesterol alto

O colesterol é insolúvel em água e, consequentemente, insolúvel no sangue. Para ser transportado através da corrente sanguínea ele se liga a diversos tipos de lipoproteínas, partículas esféricas que possuem no seu centro lípideos apolares (esteres de colesterol e triacilglicerol) rodeado por uma camada de colesterol e fosfolipideos em que se encontram associadas moléculas de proteínas comumente chamadas de apoproteínas. Essas lipoproteínas são classificadas de acordo com a sua densidade:
1-      VLDL  - São produzidas no fígado e contém apo B-100. Essa lipoproteína é composta principalmente por triacilgliceróis e sua função é transporta-lo do fígado para os tecidos periféricos. O triacilglicerol será hidrolisado pela enzima lipase e os ácidos graxos serão liberados para os tecidos e consequentemente metabolizados intracelularmente. Com a perda de triacilglicerois a VLDL pode coletar mais colesterol e se transformar em LDL.  
2-      LDL – São responsávei por transportar o colesterol do fígado para os tecidos. São pequenas e densas o suficiente para se ligarem às membranas do endotélio (revestimento interno dos vasos sangüíneos). A LDL é inapropriadamente chamada de colesterol ruim ou mau colesterol. Tanto a VLDL como a LDL serão removidas pelo fígado por intermédio da ligação com receptores específicos. O receptor da LDL é também denominado receptor B, E. A expressão desses receptores regula a concentração sanguínea de colesterol.   
3-      HDL – Transportam o colesterol livre dos tecidos extra-hepáticos para o fígado. São referidas de forma inadequada como “colesterol bom”, devido  a sua capacidade de absorver os cristais de colesterol, que começam a ser depositados nas paredes arteriais/veias.


             O excesso de ingestão de gordura, principalmente a saturada pode acarretar no desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Isso ocorre porque os ácidos graxo saturados elevam a colesterolemia (nível de colesterol no sangue), já que eles reduzem a quantidade de receptores B,E  o que inibe a remoção do LDL  e em função da sua estrutura retilínea uma quantidade maior de colesterol entra nas partículas de LDL. Por isso alimentos ricos em gordura saturada devem ser evitados. Os ácidos graxos provenientes da gordura trans também devem ser evitados já que eles possuem estrutura semelhante a da gordura saturada porém eles são ainda piores, já que eles elevam a LDL e reduzem a HDL. Já no caso da gordura insaturada ela é menos prejudicial, porém ela diminui a concentração plasmática de HDL e induz maior oxidação lipídica. Alimentos como margarinas vegetais podem conter as gorduras trans. Já a gordura do leite e a gordura da carne são ricas em ácidos graxos saturados. É por esse motivo que o excesso desses alimentos deve ser evitado.  
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, os níveis ideais de colesterol no sangue devem ser:

- Colesterol Total - abaixo de 200mg/dL de sangue;
- Bom Colesterol (HDL) - acima de 35mg/dL de sangue;
- Mau Colesterol (LDL)-abaixo de 130mg/dL de sangue.
Para controlar os níveis de colesterol no sangue recomenda-se a prática da atividade fisica, pois o treinamento físico pode aumentar a HDL-C. As possíveis razões para esse aumento são:
1-       A VLDL troca triacilgliceróis por ésteres de colesterol com a HDL por intermédio da proteína de transferência de éster de colesterol (CETP). Durante a atividade física a lipoproteína lipase tem sua atividade intensificada e como conseqüência há uma diminuição dos triglicerídeos plasmáticos que são utilizados para a produção de ATP intracelular. Como terá menos triacilgliceróis ocorrerá menos trocas por meio da CETP e a concentração de HDL associada a colesterol será maior.

2-      A metabolização da VLDL e quilomicrons através da lipoproteína lipase, devido à necessidade de utilizar os triacilglicerois para gerarem ATP, aumenta a concentração de HDL. Isso ocorre porque durante o catabolismo da VLDL e dos quilomicrons pode haver a liberação de componentes como fosfolipídios e APO A-1 que irão formar HDL. 

3-      Como durante a atividade física intensificada a atividade da lipoproteína lipase aumenta a quantidade de triacilglicerois diminui. É possível que quando as células ficam com uma quantidade menor de triacilglicerois, o colesterol também possa ser mobilizado e liberado para a HDL.     

A atividade física além de aumentar a HDL-C pode também reduzir o nível de triacilglicerol e LDL-C. Então, como já citado no post sobre Síndrome metabólica e o exercício físico, os níveis aumentados de LDL-c aumentam a chance de oxidação da mesma, sendo que a LDL oxidada está associada à formação de placas de gordura na artéria o que pode levar a aterosclerose. Apesar de a atividade física aumentar o consumo de oxigênio, o que poderia resultar em um aumento no processo de oxidação da LDL, ela na verdade faz com que haja uma redução da LDL  oxidada e a um menor risco de aterosclerose. A LDL de indivíduos treinados apresenta menor suscetibilidade à oxidação que a LDL de controles sedentários.


Bibliografia:
TIRAPEGUI, J. Nutrição: Fundamentos e aspectos atuais. São Paulo, 2ª ed. Atheneu, 2006
Postado por: Laíssa Batista A. do Vale