AERÓBIOS
Em geral, os exercícios aeróbicos estão relacionados ao modo como se dá o transporte e a utilização de oxigênio no nosso organismo. Esses tipos de exercícios são caracterizados por serem de longa duração, contínuos e com intensidade baixa ou moderada.
O mecanismo aeróbio mais importante é a glicólise aeróbia, um processo muito complexo em que a progressiva degradação da glicose é realizada com a presença de oxigênio proveniente da circulação sanguínea. Este processo fornece dez vezes mais energia do que os mecanismos anaeróbios e tem a vantagem de não gerar substâncias residuais tóxicas, como o ácido lático, formando apenas moléculas de ácido carbônico, rapidamente eliminadas sob a forma de dióxido de carbono com o ar expirado, e água.
Como se dá esse processo?

Com a utilização de grande quantidade de O2 nas atividades aeróbicas, o metabolismo muda em diversos aspectos: o número e tamanho das mitocôndrias, onde ocorre a síntese de ATP (adenosina trifosfato, a qual conserva a energia potencial do alimento e transfere sua energia química para acionar o trabalho biológico), aumentam (segundo pesquisadores, pessoas que praticam exercícios regularmente têm sua quantidade de mitocôndrias aumentada em até 120%); as funções cardiorrespiratória (aumenta a capacidade cardíaca e pulmonar para suprir de energia o músculo a partir do consumo do oxigênio ) e vascular (com a contração muscular durante uma caminhada, por exemplo, o retorno venoso é potencializado) melhoram e ocorre o metabolismo de gordura durante o exercício (a atividade da lipase lipoproteica LPL- responsável por retirar os triglicerídeos do sangue e hidrolisá-los em ácidos graxos e gliceróis- também é intensificada pelo condicionamento, permitindo maior captação da VLDL circulante para oxidação no músculo durante o trabalho), embora não seja uma quantidade tão significativa em vista da quantidade de gordura corporal.
ANAERÓBIOS

É um exercício intenso, de curta duração e intervalado,devido à impossibilidade de sustentá-lo por longo período, pois as fontes se esgotam rapidamente.
Embora a glicogenólise anaeróbia possibilite a obtenção da energia necessária para realizar esforços repentinos e intensos, ela só é efetiva nos primeiros 40 segundos da atividade física, já que, após esse período, o aparelho cardiorrespiratório começa a adaptar-se ao exercício físico e a transportar uma quantidade maior de oxigênio para os músculos. Além disso, a velocidade da eliminação do ácido lático é menor do que a velocidade de produção, acumulando-se e, consequentemente, se tornando tóxico para o organismo (causador da fadiga muscular).
Essa fadiga muscular é caracterizada pela interferência neuromuscular e muscular, fazendo com que a pessoa não tenha força suficiente para a contração muscular.
Interferência Neuromuscular
O lactato acumulado invade a fenda sináptica. Esse tipo de fadiga parece ser mais comum nas unidades motoras de contração rápida. A incapacidade da junção neuromuscular em retransmitir os impulsos nervosos para as fibras musculares é devida, provavelmente, a uma menor liberação do transmissor químico ACETILCOLINA por parte das terminações nervosas, devido à acidificação do líquido intersticial e alteração das estruturas protéicas (receptores de acetilcolina) pela ação dos H+.
Interferência Muscular
A acidose altera a permeabilidade do retículo, diminuindo a condutância de Ca2+. Há uma menor liberação de Ca2+ pelo retículo sarcoplasmático e redução na capacidade de ligação Ca2+ -troponina, em virtude do aumento na concentração de H+ causada pelo acúmulo de ácido lático.OBS.: O acúmulo de corpos cetônicos e de amônia leva à inibição da contração muscular, de maneira semelhante à que ocorre com o ácido láctico, explicando assim a fadiga muscular aeróbia.
O treinamento de resistência aumenta a massa magra, somando-se à taxa metabólica em repouso (TMR) e à capacidade de utilizar mais da ingestão de energia, aumenta a densidade óssea, além dos benefícios fisiológicos, como maior inibição do centro de saciedade ventro-medial-hipotalâmica e da sensação de bem-estar.
Com relação à proporcionalidade da TMR e a quantidade de massa magra, alguns pesquisadores afirmam que o aumento de oxidação de gorduras em indivíduos treinados é facilitada pela morfologia e adaptações enzimáticas do músculo esquelético que ocorre após o treinamento. O exercício contra resistido reflete uma grande contribuição das gorduras para o fornecimento de energia durante o período de repouso, assim como outros tipos de exercícios de alta intensidade, as gorduras fazem a ressíntese do glicogênio.Bibliografia: http://www.medipedia.pt/home/home.php?module=artigoEnc&id=436
Postador por Giuliana M. Moura
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