quarta-feira, 25 de maio de 2011

O alívio de tensões emocionais
Como funciona no organismo?
   O estresse é hoje um dos maiores problemas da sociedade moderna. Ao mesmo tempo em que promove adaptações a diferentes situações, em níveis elevados ou se mantido por longos períodos promove profundas alterações fisiológicas no corpo humano, principalmente hormonais.A ação do estresse no corpo humano tem três estágios: alarme, resistência e exaustão, em que respostas hormonais e neurais estão envolvidas na tentativa de restabelecer a manutenção da homeostase.
  Na fase de alarme, que corresponde ao estresse agudo, a resposta simpática de luta ou fuga é ativada. Essa fase é defensiva e antiinflamatória, porém autolimitada.O hipotálamo secreta o CRH (hormônio liberador de corticotropina) para estimular a hipófise a secretar o ACTH (hormônio adrenocorticotrópico) que entra na corrente sanguínea e estimula o córtex adrenal a aumentar a secreção de catecolaminas e glicocorticóides. Nessa fase as respostas corporais entram em estado de prontidão, alerta.Não somente o ACTH, mas também a prolactina é liberada constantemente pela hipófise anterior em situações de estresse.
   Se o estressor continuar em ação entra-se na fase de resistência em que os parâmetros de normalidade do organismo são alterados na tentativa de adaptar-se ao estressor nocivo. A duração dessa fase depende da intensidade do estresse. Nessa fase a atividade do cortisol ainda está aumentada.
   A fase de exaustão é atingida quando o organismo fica sob estresse por um período prolongado, o que sobrecarrega o sistema imunológico diminuindo sua capacidade de adaptação, homeostase.

   A relação do exercício físico com o estresse está na questão de que o exercício físico é um agente estressor (tanto em seres humanos quanto em animais). Os exercícios de alta intensidade reduzem a serotonina cerebral (a qual está envolvida na regulação de estados de humor,comportamentos prazerosos e do sono - aumento da atividade serotoninérgica durante o estresse diminui a secreção de serotonina [5-HT]), aumentando o estresse pelo desequilíbrio entre síntese e degradação e a atividade de biomarcadores hormonais do estresse, os quais respondem ao esforço como o cortisol, ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) e catecolaminas. Em exercícios realizados por pessoas com consumo máximo de oxigênio maior que 60% do VO2max a secreção de cortisol e ACTH é proporcional a intensidade do exercício (todo esse processo está intimamente ligado à uma atividade aumentada e prolongada do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal - HHA).  Conclusão: a prática de exercícios físicos faz com que o organismo libere substâncias bioquímicas com poder analgésico, permite e induz o corpo à uma respiração mais profunda (quando se está estressado, a respiração é curta e insuficiente) e melhora o humor das pessoas (Segundo pesquisas, pessoas que se exercitam três vezes por semana estão menos propensas a ter humor depressivo: "Quatro meses de exercícos aeróbios funcionam tão bem quanto drogas anti depressivas no tratamento dos sintomas dos pacientes"- Donna Kritz Silverstein, Universidade da Califórnia).
   Enfim, a atividade física de baixa ou moderada intensidade, assim como o nível de treinabilidade do indivíduo é capaz de minimizar o estresse e seus efeitos negativos no organismo. Ela proporciona sensações de prazer, autocontrole e, quando praticada regularmente, pode mesmo ajudar a controlar as dependências. Desta forma, praticando exercício físico, pode-se apostar na  saúde e  contribuir para a prevenção e redução dos níveis do estresse.




Postado por Giuliana M. Moura

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